No domingo, 18 de maio de 2025, a Comunidade Sagrado Coração de Jesus, da Paróquia Nossa Senhora da Penha, celebrou com grande alegria e participação a Festa do Congado e dos Marujos, marcando o resgate de uma tradição que, por muitos anos, esteve esquecida e deixou de ser celebrada em nossa cidade. A retomada dessa festa representa um momento especial para a comunidade, que reencontra suas raízes culturais, religiosas e populares.
A programação teve início no sábado, 17 de maio, com a elevação das bandeiras de Santa Efigênia e de São Benedito, em um gesto simbólico que marcou o início solene das festividades. Já no domingo, logo pela manhã, as guardas de Congado e Marujos conduziram em procissão os andores de Santa Efigênia, São Benedito e do Divino Espírito Santo, pelas ruas do bairro Praia até a Igreja Sagrado Coração de Jesus, acompanhadas por cânticos, danças e o som vibrante dos tambores.
Às 11 horas, foi celebrada a Santa Missa, pelo padre Ueliton Neves da Silva, momento central da festa, reunindo a comunidade, os grupos convidados e os fiéis em um espírito de fé, comunhão e ação de graças. Após a Missa, foi servido um almoço comunitário, proporcionando um espaço fraterno de convivência. Na parte da tarde, a celebração foi concluída com o descendimento das bandeiras de Santa Efigênia e de São Benedito, encerrando o festejo com reverência e gratidão.
É importante lembrar que o Congado e o Marujo não são apenas expressões da religiosidade do povo negro, embora tenham origem na resistência e na fé dos negros escravizados. Hoje, são manifestações amplamente abraçadas pelo povo mineiro como expressões culturais, populares e religiosas riquíssimas, que integram o patrimônio imaterial de Minas Gerais. Trata-se de uma fé que canta, dança, reza e celebra a presença de Deus na história de um povo marcado pela luta e pela esperança.
A Paróquia Nossa Senhora da Penha agradece com carinho a todas as guardas de Congado e Marujos que participaram, bem como aos membros da comunidade Sagrado Coração de Jesus pela organização desta belíssima festa, que certamente marcará o calendário paroquial como sinal de fé viva e tradição restaurada.