Intenção
Pelas famílias
Rezemos pelas famílias cristãs de todo o mundo, para que com gestos concretos vivam a gratuidade do amor e a santidade na vida quotidiana.
Reflexão
A intenção do mês de junho, sobre a família, faz parte de um conjunto que inclui a de maio, sobre os jovens e a de julho, sobre os idosos. Assim, o Santo Padre pretende mostrar a família como o lugar privilegiado do encontro entre as várias gerações: entre a sabedoria e experiência do passado e o entusiasmo e projeto do futuro, o encontro entre a memória e o sonho. Para que este encontro aconteça é necessário que a família crie as condições para isso, como são a estima recíproca, a atenção, o silêncio, o dar importância ao outro. Por vezes, sucede que os mais velhos desvalorizam os mais novos, porque são diferentes, porque não pensam e agem da mesma forma que eles fizeram ao longo da vida, e os mais novos encaram os mais velhos como portadores de mensagens antiquadas e que não se adequam àquilo que são as suas perspetivas. É muito importante que esta intenção nos leve a refletir sobre a família como laboratório e coração das relações verdadeiramente construtivas e que dão valor ao lugar e função de cada um. A esse ponto se refere o Papa Francisco no Angelus de 27 de dezembro de 2020: “À imitação da Sagrada Família, somos chamados a redescobrir o valor educativo do núcleo familiar: ele deve fundar-se no amor que sempre regenera as relações e abre horizontes de esperança. A comunhão sincera pode ser experimentada na família quando é uma casa de oração, quando os afetos são sérios, profundos e puros, quando o perdão prevalece sobre a discórdia, quando a dureza diária da vida é suavizada pela ternura mútua e pela serena adesão à vontade de Deus”. Se a família é o lugar desta aprendizagem, então daí nascerão caminhos de esperança para o mundo tão necessitado de encontro, diálogo e paz. É na família, em primeiro lugar, que se aprendem estas atitudes como aptidões sociais fundamentais.
Jesus, Maria e José, família de Nazaré que nos mostrais o modo de proceder para ser família e realização do reino de Deus; queremos, como família cristã, ser fiéis à vocação recebida, amando-nos nos pequenos gestos quotidianos. Queremos viver a nossa entrega com alegria, sendo ponte e lugar de encontro, famílias de portas abertas, dando-nos e perdoando-nos sempre. Queremos ser sal e luz, fermento e boa terra. Envia-nos, Pai, o teu Espírito Santo, para que alcancemos de ti o dom da santidade na nossa vida familiar. Ámen.
Desafios
– Santidade na vida diária: Fazer bem o que se tem de fazer, com alegria e pondo aí o coração inteiro. – Escutar: Pedir opinião a outros dentro da família acerca das próprias decisões, deixar-se ser interpelado por eles. – Fazer-se responsável: Prestar atenção às coisas em que se pode ser útil na família e assumir esse compromisso. – Servir: Servir quotidianamente nos pequenos gestos e tarefas, sem queixas nem pedir nada em troca. – Amar com gratuidade: Procurar viver e experimentar a misericórdia em família, perdoando e pedindo perdão.