Por uma Igreja aberta a todos

Rezemos para que a Igreja, fiel ao Evangelho e corajosa no anúncio, seja um lugar de solidariedade, de fraternidade e de acolhimento, vivendo cada vez mais a sinodalidade.

Reflexão

A intenção do Papa Francisco tem como tema aquilo que tem vindo a ser o caminho percorrido por toda a Igreja há quase dois anos: o Caminho Sinodal. Vamos a meio deste percurso que conduzirá ao Sínodo dos Bispos, que acontece daqui a um ano, em outubro de 2023. Provavelmente, muitos de nós fomos participando neste caminho, em paróquias, grupos, movimentos, comunidades ou de forma individual. Da fase das sínteses diocesanas passou-se às sínteses das Conferências Episcopais, que trarão o sentir da Igreja universal, as suas inquietações, desejos, propostas e, sobretudo, a sua gratidão e a vontade de contribuir para que a Igreja seja sinal da presença do Amor de Deus no mundo, tão complexo e desafiador. Mas o caminho que se está a percorrer não é para terminar no Sínodo dos Bispos e dali sair um documento de conclusões. Podemos até dizer que as eventuais conclusões são o menos importante. O centro deste caminho é precisamente o processo que se está a fazer e que o mesmo processo seja o modo próprio de ser e de funcionar da Igreja, baseado em alguns princípios que deverão fazer parte do nosso vocabulário diário: comunhão, participação, missão, encontro, escuta e discernimento. Estas são as coordenadas que permitem uma nova forma de ser Igreja, que consiste numa «mentalidade que acolhe com alegria e promove a graça em virtude da qual todos os batizados são habilitados e chamados a ser discípulos missionários. O grande desafio para a conversão pastoral é intensificar a mútua colaboração de todos no testemunho evangelizador a partir dos dons e funções de cada um, sem clericalizar os leigos e sem secularizar os clérigos, evitando em todo o caso a tentação de um excessivo clericalismo que mantém os fiéis leigos à margem das decisões» (Comissão Teológica Internacional, 2 de março de 2018).

Oração

Que todos sejam um! Que todos sejamos um! Pai de bondade, queremos fazer nossas estas palavras que te dirigiu o teu Filho Jesus. Desejamos viver plenamente a missão recebida no Batismo. Sonhamos ser uma Igreja em comunhão de amor, missionária, comprometida com o mundo e na qual todos se sintam em casa e a participar. Sonhamos ser uma Igreja à escuta do teu Espírito, uma Igreja de proximidade, de compaixão e ternura, que não viva à parte das pessoas e cuide das fragilidades e pobrezas do nosso tempo. Ajuda-nos a ser uma Igreja aberta à tua novidade na qual caminhemos sempre juntos. Ámen.

Desafios

Sinodalidade – Participar e dar continuidade ao caminho sinodal na própria paróquia ou comunidade. Encontro – Acolher os irmãos nas suas necessidades. Escuta – Estar disponível para a escuta dos irmãos e irmãs da Igreja e dos que se sentem fora dela. Discernimento – Procurar, pessoal e comunitariamente, formar-se e praticar o discernimento cristão. Disponibilidade para a missão – Participar mais ativamente na missão da Igreja na própria paróquia, colégio, grupo ou comunidade.