“Alguém dentre vós está doente?
Mande chamar os presbíteros da Igreja
para que orem sobre ele, ungindo-o com óleo em nome do Senhor.
A oração feita com fé salvará o doente e o Senhor o levantará.
E se tiver cometido pecados, receberá o perdão.”
(Tg 5, 14-15).
Nos dias 15 e 16 de abril, foram celebradas missas com a unção dos nossos irmãos idosos e enfermos. As celebrações aconteceram na manhã de terça-feira, às 07h do dia 15 de abril, no Santuário São Geraldo e às 09h na Igreja Matriz Nossa Senhora da Penha, com a presidência do Pe. Ueliton Neves; às 15h na Igreja São Geraldo, com a presidência de Dom Marco Aurélio. A última missa com a unção dos enfermos foi celebrada na manhã do dia 16 de abril, quarta-feira, às 09h, na comunidade Sagrado Coração de Jesus, com a presidência do Pe. Ueliton Neves, pároco.
O sofrimento foi sempre um mistério para o homem. Diante da dor e do sofrimento a pessoa humana experimenta a sua debilidade de uma maneira bem acentuada. Por outro lado, experimenta a própria fortaleza. As distintas religiões sempre têm procurado uma resposta ao problema da dor e do sofrimento. Para o cristianismo, a resposta se encontra na pessoa e na obra de Jesus Cristo: Ele, sendo inocente, sofreu pelos culpados e os redimiu através da dor e do sofrimento. O cristão descobre, então, esse valor redentor do sofrimento e da dor e aprende a unir-se aos sofrimentos de Cristo em favor de seu Corpo Místico, que é a Igreja. Unindo os seus sofrimentos aos do Senhor o cristão vê na dor uma oportunidade para reparar e desagravar os pecados e transformar o sofrimento em apostolado eficaz. Os fiéis sejam exortados, portanto, sobre a importância de meditar o valor do sofrimento à luz do mistério pascal de Jesus Cristo.
Mas também é verdade que Cristo não só deu sentido ao sofrimento mas, também, e muitas vezes o aliviou e o curou. O Sacramento da Unção dos Enfermos realiza essas duas vertentes com relação ao sofrimento: por um lado, cura e alivia; por outro, dá forças para superá-lo e para que haja uma verdadeira santificação e apostolado através da dor e do sofrimento.
Esse sacramento assegura a proximidade de Jesus à dor de quem está doente ou já idoso, o alívio do sofrimento e o perdão dos seus pecados, mas não é sinônimo de uma morte iminente. A Unção dos Enfermos é, frequentemente, um sacramento esquecido ou menos reconhecido. No entanto, é o próprio Jesus que chega para aliviar o doente, para lhe dar força, para lhe dar esperança, para o ajudar; também para lhe perdoar os pecados.
Lembremos que a Unção dos Enfermos é um dos sacramentos da cura, da cura, que cura o espírito. E quando uma pessoa está muito doente, é aconselhável dar-lhe a Unção dos Enfermos. E quando uma pessoa já é idosa, é apropriado que receba a Unção dos Enfermos.
Rezemos para que o sacramento da Unção dos Enfermos dê às pessoas que o recebem e aos que lhes são mais próximos a força do Senhor e se torne cada vez mais para todos um sinal visível de compaixão e esperança.
A pessoa doente não está sozinha: com os sacerdotes e as pessoas presentes, é toda a comunidade cristã que a apoia com as suas orações, alimentando a fé e a esperança, e assegurando-lhe, bem como à família, que não estão sós no sofrimento. Todos conhecemos pessoas doentes, rezamos por elas e, se entendemos que padecem de uma doença grave, bem como os idosos cujas forças declinam, não tenhamos dúvidas em propor-lhes que vivam esse sacramento de consolação e esperança.