Sob a proteção de Nossa Senhora da Penha, 50 anos construindo nossa história de fé, celebramos de 12 a 21 de maio a Novena e Festa em honra a Padroeira de nossa Paróquia. Foi um lindo tempo de oração, de celebração e de agradecimento a Deus pela nossa caminhada missionária e evangelizadora ao longo dos 50 anos da instalação canônica da nossa paróquia confiada aos cuidados da Virgem da Penha. Todos os dias os fiéis se reuniram para a rezar a novena e a santa missa às 19h. A cada dia uma comunidade ou movimento foi convidado a participar na liturgia, assim como também alguns padres.
A abertura da novena, no dia 12 de maio, foi presidida por Dom Marco Aurélio Gubiotti, bispo diocesano. Na ocasião participaram, além do Pe. Edson e Pe. Ueliton, este último pároco da paróquia, o Pe. Márcio Flávio, filho da paróquia, celebrando 10 anos de ordenação presbiteral. A concelebração contou também com a presença dos Padres Wilson e Rino, da Congregação do Imaculado Coração de Maria, que tem o Pe. Márcio Flávio por provincial. Nos demais dias estiveram presentes os padres: Pe. Eugênio Ferreira de Lima, da Paróquia Nossa Senhora da Piedade, em Belo Oriente; Pe. Uíldes Flávio de Assis, da Paróquia Cristo Libertador, em Ipatinga; Pe. Ludugerio Rodrigues de Almeida, da Paróquia Bom Jesus, em Bom Jesus do Amparo; Pe. Marianus Frederikus Gati, CICM, da Paróquia Santo Antônio, em Itabira; Pe. Edmilson Henrique Candido, da Paróquia Santa Ana, em Ferros e Pe. Hideraldo Veríssimo Vieira, da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Itabira.
A festa aconteceu no dia 21 de maio com procissão às 18h com a imagem de Nossa Senhora da Penha saindo da gruta de Santa Ana, no B. Juca Rosa e missa solene na Igreja Matriz, presidida pelo Pe. Ueliton Neves da Silva.
Na homilia da festa, refletiu o Pe. Ueliton sobre o evangelho das Bodas de Caná:
“Em Maria descobrimos aquilo que, na essência, todos somos. Conhecer seu verdadeiro ser é a chave para a interpretação atualizada da festa de hoje. Não devemos nos conformar em olhar Maria para ficarmos extasiados diante de sua beleza. O que descobrimos nela, devemos também descobrir em nosso próprio ser. O que importa realmente é que em Maria e em todo ser humano há um núcleo intocável que nada nem ninguém pode manchar. O que há de divino em nós será sempre imaculado. Tomar consciência desta realidade, seria o começo de uma nova maneira de entender a nós mesmos e de entender os outros. Escutando as palavras de Maria – “Fazei tudo o que Ele vos disser!” – nosso ouvido interior se afinará para perceber melhor o clamor dos empobrecidos e excluídos da festa da vida. É o clamor de nosso mundo. Maria de Nazaré nos recorda que a falta de vinho é esquecimento da fraternidade, é falta de amor e de comunhão. Por outro lado, em meio a tantas carências, também se fazem visíveis os sinais do Reino: desejos de solidariedade, gente que protege a vida, homens e mulheres que buscam a Deus e se comprometem com a vida, tantas vezes ameaçada. Maria nos atrai para a festa que nunca se acaba: compartilhar nossa existência com muita gente e viver sob os impulsos do Espírito. A festa de hoje nos ajuda a ativar uma sensibilidade solidária, pois é muito frequente estar próximo e não perceber os outros, estar junto e não ter consciência dos problemas e dificuldades dos outros. É preciso ampliar o olhar para entrar em sintonia compromissada com a realidade carente.”
Ainda na homilia, por estarmos em caminhada sinodal, Pe. Ueliton ainda refletiu sobre os ensinamentos de Maria com a Igreja Sinodal:
“A Igreja Comunhão acontece na unidade com Cristo-Cabeça. Ela é o Corpo místico de Cristo, Ele é a Cabeça e nós os membros. Portanto, não há diferença, mas deve haver dignidade entre todas e todos. Na Igreja-Comunhão, se vive o Cristo como centro da nossa fé, e não o clericalismo. É urgente concretizar esta verdade como prática da nossa fé, no nosso agir pastoral e social. Maria, nas Bodas de Caná, não se contenta e intercede pela falta de vinho: falta de alegria e de compromisso na adesão a Jesus e seu anúncio (cf. Jo 2, 5-11). O chamado à Participação implica em um chamamento ao envolvimento de todos os que pertencem ao Povo de Deus para se empenharem no exercício de uma escuta profunda e respeitosa uns dos outros. Esta escuta cria espaço para ouvirmos juntos o Espírito Santo e guia as nossas aspirações para a Igreja do Terceiro Milênio. A Igreja não existe para si mesma. Sua Missão primeira é anunciar o Reino de Deus revelado por Jesus – Reino de paz e de justiça. Formar e animar todo o Povo de Deus para que, fortalecidos na fé, possam atuar, cada qual conforme sua vocação, no seu ambiente familiar, na comunidade, no trabalho, no campo, junto às pessoas vulneráveis, sofridas e tão necessitadas da justiça de Deus. Maria é a primeira discípula missionária e servidora, Aquela que vai ao encontro (cf. Lc 1,39-56), é modelo para toda a Igreja que se dispõe no seguimento de Jesus. “Maria é a grande missionária, continuadora da missão de Seu Filho e formadora de missionários” (DAp, n. 269). Sinodalidade prevê um processo de conversão, de abertura e participação onde as estruturas não sufocam a presença de Deus e do seu Projeto, a comunhão, a participação e a missão de todas/os batizados”, concluiu o padre agradecendo o empenho e participação de todos.
Que Nossa Senhora, a Virgem da Penha, cubra com seu manto todos os paroquianos, fieis devotos da Mãe de Deus.
Que Deus abençoe a todos os que participaram assiduamente da preparação e realização da novena e festa.
Texto e Fotos: Pascom Paroquial
Confira algumas fotos destes dias: