Com esta saudação do anjo a Maria iniciamos nossa reflexão de Maio, que é tradicionalmente o mês dedicado a Mãe de Nosso Senhor Jesus Cristo. Sabemos que o Novo Testamento nos fornece pouca informação a respeito dela. Isso se dá pelo fato de que o interesse principal é Jesus. No entanto, Maria tem um grande destaque junto ao povo. Ela é vista como intercessora por intermédio da fé popular. Por isso ela é ícone da Igreja, de discipulado e de humanidade que se abre ao divino para que, por intermédio do seu sim, colabore com o plano salvífico da humanidade. Vale lembrar o que a letra do canto diz: “em cada mulher que a terra criou um traço de Deus Maria deixou. Um sonho de mãe Maria plantou” (Pe. Zezinho – Maria de Nazaré).
No dia 1° de maio celebramos o dia de São José Operário. A figura de São José adquire em nossos dias uma grande popularidade. Servidor fiel e prudente a serviço da Sagrada Família, continua sendo servidor da família cristã, modelo das virtudes do lar.
São José é o modelo ideal de operário e de homem que viveu a caridade. Ele sustentou sua família durante toda a vida com o trabalho de suas próprias mãos, cumpriu sempre seus deveres para com a comunidade, ensinou ao Filho de Deus a profissão de carpinteiro e, desta maneira suada e laboriosa, permitiu que as profecias se cumprissem e seu povo fosse salvo, assim como toda a Humanidade.
Proclamando São José como protetor dos trabalhadores, a Igreja quis demonstrar que está ao lado deles, os mais oprimidos, dando-lhes como patrono o mais exemplar dos homens, aquele que aceitou ser pai adotivo de Deus feito homem, mesmo sabendo o que poderia acontecer à sua família. José lutou pelos direitos da vida do ser humano e agora, coloca-se ombro a ombro na luta pelos direitos humanos dos trabalhadores do mundo, por meio dos membros da Igreja que aumentam as fileiras dos que defendem os operários e seus direitos a uma vida digna.
Neste mês também comemoramos o Dia das Mães. Parabéns queridas mães; a nossa prece e benção à todas! Obrigado mães pela ternura de cada uma de vocês que faz nossa Paróquia e as nossas pastorais, movimentos e serviços sempre mais maternais.
Temos muito para agradecer a esta dádiva, tão especial, benção divina para todos nós: as nossas mães. Elas nos trouxeram à vida nesse mundo; educaram-nos, com sacrifício, zelo e muito amor; acompanham ou acompanharam nosso crescimento, nossa evolução. Pra vocês, somos sempre ainda pequenos, mesmo crescidos; necessitados de todo cuidado, expressão mais terna de carinho, solicitude e amor.
Sabemos, por experiência, dos sentimentos que as acompanham em seu coração materno: estão felizes, quando nos veem bem; sentem tristeza e dor, quando enfrentamos provações, dificuldades no caminho e quando passamos por algum perrengue.
Mãe é o sinal mais próximo e profundo do amor de Deus por nós, enquanto testemunha do evangelho da vida. É expressão de uma vida toda entregue, de doação, de serviço, de carinho que aconchega e de força que dá coragem para o enfrentamento da vida e da missão.
No colo da mãe, o mundo é embalado. Não foi por acaso que o próprio Filho de Deus quis ter uma mãe para a sua entrada nesse mundo, assumindo, em sua condição divina, no ventre da Virgem Maria, também a natureza humana e ser por ela educado, no Lar de Nazaré.
Nossa homenagem a você, Mãe, mulher valente e guerreira. A você que trabalha em casa e também na Igreja e na sociedade, multiplicando suas horas; a você que, com seu companheiro, leva avante a vida em família; a você que, sozinha, assumiu ser mãe e pai; a você que não “deu a luz”, mas é luz materna pra tanta gente; a você branca, negra, parda… jovem ou idosa, rica ou pobre; a você presença na caminhada dos seus filhos ou, já, de junto de Deus, intercessora; a você de uma beleza sem par, que surpreende sempre, mulher tradutora de carinho, ternura e amor à toda prova. Seu outro nome é amor de Deus para o mundo. Enquanto, no mundo, houver uma mãe, haverá esperança de dias melhores.
Queremos dizer: Mãe, obrigado, muito obrigado! No calendário de nosso coração, pode ter a certeza, todos os dias são “Dias das Mães”. Sem você, o mundo é triste, sem cor, sem sabor e a vida, ah, a vida… tudo é mais difícil.
Contemplando as comemorações do Ano Jubilar de Instalação Canônica de nossa Paróquia de Nossa Senhora da Penha, iremos celebrar a novena e festa em honra à nossa padroeira paroquial. É momento de celebrar a unidade. É a festa de todos e para todos nós. Por isso tenho a alegria em convidá-los para celebrar conosco todos os dias às 19h na Igreja Matriz de nossa Paróquia de 12 a 21 de maio. A participação e presença de todos e das nossas comunidades eclesiais, pastorais, movimentos e serviço é que fará com que nossa festa seja ainda mais linda. Sintamo-nos todos muito bem acolhidos e protegidos sob o manto de Nossa Senhora, a Virgem da Penha. Maria toda de Deus e muito humana: eis o segredo das verdades de fé proclamadas pela Igreja, sobre Maria. Um segredo que nos ajuda a ser mais autênticos seguidores de Jesus, como ela.
Com a Igreja, estaremos rezando, de 29 de maio a 05 de junho, o Setenário de Pentecostes no nosso Santuário São Geraldo Majela, pedindo um novo Pentecostes, ou seja, uma nova manifestação em nós e em todo o povo de Deus de seu Santo Espírito. É o Espírito Santo que vem como Paráclito para nos iluminar, guiar e ser o nosso defensor para que possamos compreender tudo o que Jesus fez e ensinou e realizar, permanentemente, a vontade de Deus, o Pai.
É este mesmo Espírito que qual Protagonista, por excelência, da Evangelização conduz a Igreja para que ela possa dar testemunho, no mundo, da Boa Nova da salvação e edificar o Reino de Deus, nos sinais da história, rumo ao Reino definitivo. Pedimos os seus dons, em tempos plurais, complexos e de grandes provações. Os dons da Ciência, do Entendimento, da Sabedoria, da Piedade, da Fortaleza, do Conselho e do Temor de Deus. Com estes dons, sejamos iluminados em nossa vida e orientados em nossa ação, segundo a Providência divina. Pedimos também, para nós e para toda a Igreja, os frutos do Espírito Santo, conforme assinala o Apóstolo Paulo na carta aos Gálatas 5,22-23. Eles são: o amor, a alegria, a paz, a paciência, a amabilidade, a bondade, a fidelidade, a mansidão e o domínio próprio. Esses frutos vêm de uma vida ligada a Jesus Cristo. Ele transforma nossas vidas e nos ajuda a dar bons frutos. Quando deixamos o Espírito Santo agir em nossa vida, ele nos torna como a árvore boa e frutífera. A vida cheia dos frutos do Espírito reflete a glória a Deus.
Pela intercessão de São José, o operário do Pai, e da Virgem Maria, sob o título de Nossa Senhora da Penha, desça sobre nós a bênção de Deus, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.
Pe. Ueliton Neves da Silva
Pároco