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Itabira, 21 de novembro de 2024

PALAVRA DO PÁROCO Pe. Ueliton Neves da Silva MÊS DE julho  .  2022
TODAS AS PALAVRAS DO PÁROCO

Dízimo: compromisso, partilha e gratidão

05/07/2022 . Palavra do Pároco

A todo o Povo de Deus da Paróquia Nossa Senhora da Penha, saudação, paz e bênçãos!

É com alegria e esperança que me dirijo a vocês, neste mês dedicado ao Dízimo, através desta Carta Pastoral com o intuito de contribuir para esclarecer e levá-los a compreender melhor o que é o Dízimo, sua finalidade e importância para a sustentação da nossa Igreja e suas obras em favor do Reino de Deus.

O que é o dízimo?

A contribuição com o dízimo ou consagração do dízimo é sinal de fé em Deus e compromisso com a Comunidade/Igreja e sua missão evangelizadora. A contribuição com o dízimo nasce de um coração convertido e agradecido. Através do dízimo, o/a dizimista manifesta sua fé em Deus, que ama e reverencia agradecido por tudo o que recebeu e recebe do Senhor. É preciso que tomemos consciência que somos eternamente devedores de Deus. Devemos amá-lo em primeiro lugar e acima de tudo e demonstrar isso, através de gestos concretos de fé e gratidão, como por exemplo, consagrando o dízimo. Contribuir com/consagrar o dízimo é, antes de mais, um compromisso pessoal, que nasce da decisão de quem tem fé e exprime sua pertença à Igreja, assume seu compromisso de colaborar solidariamente na sua manutenção e missão de evangelizar. A consagração do dízimo supõe um trabalho de conscientização e evangelização prévia do/a dizimista. Ninguém se torna um/a dizimista fiel, sem ser evangelizado, sem a conversão do coração e amor à Igreja.

O dízimo é um gesto concreto de quem tem fé e a testemunha com obras, e não fica apenas na mera profissão de fé, com palavras bonitas, mas sem compromisso efetivo. São Tiago nos adverte: “Meus irmãos, se alguém diz que tem fé, mas não tem obras, que adianta isso? A fé seria capaz de salvá-lo? Como o corpo sem espírito é morto, assim também a fé, sem obras, é morta” (Tg 2,14.26). Professar a fé com a boca implica um testemunho de vida coerente com a aquilo que se acredita. Por isso, somos convidados/as a professar a fé que recebemos da Igreja de Cristo, com renovada convicção, especialmente na assembleia litúrgica dos fiéis e, ao mesmo tempo, assumir o compromisso de vivermos a fé cristã, que deve ser manifestada concretamente na prática de boas obras.

Entre os vários compromissos inerentes à nossa fé, destaco o dever de consagrarmos o dízimo como testemunho fé e amor pela Igreja, como sinal de partilha, comunhão e participação na sua vida e missão salvífica. Assim sendo, a decisão de ser dizimista não é tanto por causa de uma lei, mas sobretudo de uma decisão pessoal, livre e consciente, de quem tem fé e é agradecido a Deus, origem de todos os bens. Nosso Senhor Jesus Cristo disse: “Vocês receberam de graça, deem também de graça” (Mt 10, 8). Deste modo, o/a dizimista contribui com o dízimo ou consagra o seu dízimo como expressão de fé, amor, partilha, gratidão e reconhecimento da infinita bondade de Deus para com todos nós. Quem é dizimista não é egoísta, mas solidário e agradecido. Sente-se corresponsável pela sua Comunidade/Igreja a que pertence. Assume seu compromisso cristão e colabora solidariamente com a Igreja na obra da salvação.

As dimensões/finalidade do dízimo

O dízimo deve ser explicado e assumido na perspectiva pastoral e de evangelização, com seus elementos bíblicos e teológicos fundamentais. É preciso lembrar também as várias dimensões do dízimo e sua finalidade; enfim, urge apresentar o dízimo na perspectiva de fé e gratidão a Deus, de pertença à Igreja e compromisso com ela e sua missão evangelizadora.

“As finalidades do dízimo decorrem de sua natureza e de suas dimensões” (Documento da CNBB 106, n. 34). O dízimo é destinado para a manutenção da Igreja de Cristo e de suas obras, sua ação evangelizadora, assistência aos pobres e necessitados, através das pastorais sociais, entre outras dimensões da ação evangelizadora: religiosa, eclesial, missionária e sócio-caritativa. Explicitando melhor: o dízimo é direcionado para a ação evangelizadora da Igreja. Quanto à dimensão religiosa e eclesial: a realização de atividades eclesiais, construção/reformas/manutenção dos Templos e Centros Pastorais, pagamento de água, telefone, internet, energia elétrica, sistema de monitoramento de segurança, material gráfico e de secretaria, manutenção dos veículos, casa paroquial, contribuição ministerial para os padres etc; Quanto à dimensão missionária, é importante salientar que o dízimo é usado no âmbito da nossa ação evangelizadora para: a formação das próprias lideranças paroquiais, para custear despesas com combustível e meios de transporte para viagens/visitas pastorais e assistência religiosa às comunidades da cidade e do interior; em geral, há despesas com as obras de apostolado, pastorais, movimentos, grupos eclesiais; o dízimo contribui também financeiramente para outras obras e compromissos importantes da Paróquia, nomeadamente os serviços da secretaria paroquial, pagamento de salários dos funcionários e encargos sociais dos mesmos, formação dos seminaristas e leigos/as; Quanto a dimensão sócio-caritativa do dízimo é a parte que diz respeito aos gastos com os trabalhos de assistência social, que a paróquia realiza sempre que necessário e tem condições.

Existe, portanto, uma ligação inseparável entre o dízimo que consagramos e a evangelização. O Código de Direito Canônico prescreve que “os fiéis têm obrigação de socorrer as necessidades da Igreja, a fim de que ela possa dispor do que é necessário para o culto divino, para as obras de apostolado e de caridade e para o honesto sustento dos ministros” (c. 222 § 1).

Dízimo e ofertas

Dízimo ofertas são diferentes quanto ao seu sentido e regularidade. O dízimo nas celebrações não pode ser confundido com as ofertas. O Dízimo deve ser consagrado regularmente. A contribuição com o dízimo deve ser assumida de modo permanente. As ofertas feitas nas coletas são de caráter esporádico. As coletas e campanhas especiais se distinguem do dízimo pela finalidade específica. Não devem prejudicar a Pastoral do Dízimo.

Quanto ao valor da oferta do dízimo (“dízimo” significa décima parte ou 10%), é uma decisão de consciência pessoal. A nossa Igreja não estabelece nenhuma quantia fixa, predeterminada, mas deixa que cada um/a decida conforme sua consciência, iluminada pela Palavra de Deus, tendo em conta as necessidades da comunidade/Igreja e as reais possibilidades de cada um/a. Sugere-se que anualmente seu dízimo seja reajustado, levando em consideração o reajuste que acontece em tudo. Isto requer maturidade na fé e compromisso moral sério com a Igreja. O dízimo deve ser consagrado com alegria (cf. 2Cor 9,6-12). Quem consagra o dízimo não deve nunca fazê-lo constrangido, como se fosse “obrigado”, mas de livre vontade, com fé, amor, gratidão e alegria.

Sejamos todos(a) dizimistas!

Entre em contato com a Pastoral do Dízimo durante as missas no Plantão do Dizimo em nossas comunidades ou na Secretaria Paroquial ou na Secretaria do Santuário. Seu cadastro pode ser realizado ainda pelos telefones (31) 3831-3844 ou (31) 3831-8146 ou pelo e-mail pnspenha@dioceseitabira.org.br. A devolução do seu dízimo poderá ser durante as missas, nas nossas secretarias ou através de transferência bancária ou pela chave pix (CNPJ 20.963.351/0022-30).

Que o Espírito Santo, protagonista da missão, nos anime, guie e assista sempre na nossa missão para que o Dízimo em nossa paróquia produza muitos frutos!

Asseguro a todos/as minhas orações. Peço e agradeço que rezem por mim também e pela nossa amada paróquia. Imploro a bênção de Deus, pela intercessão de Nossa Senhora da Penha, nossa excelsa Padroeira, sobre todos/as vocês.

Itabira, 04 de julho de 2022

Pe. Ueliton Neves da Silva

Pároco