Quinta-feira Santa: Um Amor Até o fim

Na quinta-feira santa, dia 14 de abril, logo pela manhã, na Catedral Diocesana Nossa Senhora do Rosário, em Itabira, Dom Marco Aurélio Gubiotti presidiu a santa missa com a bênção do óleo dos catecúmenos, do crisma e dos enfermos. Celebrando a instituição do ministério ordenado, os presbíteros diante do bispo diocesano renovaram suas promessas sacerdotais.

À noite na Paróquia Nossa Senhora da Penha celebramos a missa da ceia do Senhor com o rito do lava-pés. Às 18h a celebração foi na Igreja Matriz Nossa Senhora da Penha e na comunidade Sagrado Coração de Jesus e às 20h no Santuário São Geraldo Majela.

A contemplação da cena da liturgia deste dia não é apenas para crescermos na humildade, mas também indica um jeito de ser e estar no mundo. O cristão se oferece a exemplo de Jesus. Lavar os pés uns dos outros se torna a insígnia dos seguidores do Mestre.

Os últimos momentos de Jesus, recordados nestes dias, foram demasiadamente tumultuados. As atitudes dele com relação ao sábado, à pureza, às mulheres, aos enfermos e outros gestos ousados incomodavam alguns, sobretudo o grupo dos fariseus. Jesus possuía uma autoridade (exousia) diferente para falar e agir em nome de Deus, como um profeta livre dos padrões enrijecidos da religião do seu tempo. O movimento que ele criara com sua pregação já inquietava alguns poderosos da sociedade. Então, as ameaças para eliminá-lo aumentaram e, provavelmente, ele percebia que seu fim se aproximava.

O rito, os gestos e as leituras pressupõem essa contextualização. A recordação do final da vida terrena de Jesus não se centra na perturbação e nas angústias possíveis, pelas quais ele passou, e sim na sua perseverança de amar até o fim e não recuar diante das intimidações.

Texto e fotos: Pascom Paroquial