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Itabira, 12 de maio de 2024

Celebração do Ofício das Trevas

10/04/2023 . Notícias da Paróquia

A Igreja, no Sábado Santo, se recolhe. É um dia voltado para o silêncio e para a oração, se preparando para a grande Vigília Pascal que acontecerá à noite. Não é um silêncio de luto, pois acreditamos que o Senhor não está morto, Ele vive. Temos a certeza de que à noite celebraremos a ressurreição, mas é um silêncio orante e de respeito, pois sabemos que nesse dia o Senhor desceu ao seio da terra.

A oração e o silêncio nesse dia nos ajudam a compreender o mistério da paixão, morte e ressureição de Jesus. O Espírito Santo que depois foi revelado aos discípulos e até hoje acompanha a vida da Igreja, nos impulsiona a todos os anos celebrar o mistério pascal de Cristo. A quaresma é um grande retiro espiritual de 40 dias, que a Igreja nos indica para nos preparar para a Páscoa, e o Sábado Santo como que coroa esse período.

O Sábado Santo expressa nossa inquebrantável esperança na ressurreição final e na segunda vinda do Senhor. A terra, grávida de Cristo, está para dar à luz o Senhor ressuscitado, como primícias da nova criação.

Às 05h da manhã do dia 08 de abril de 2023, Sábado Santo, muitos fiéis se reuniram no Santuário São Geraldo Majela para rezar o Ofício das Trevas.

O Ofício das Trevas, ou Tenebrae, consiste na oração do Ofício das Leituras e das Laudes da Quinta, Sexta e Sábado da Semana Santa (especialmente os dois últimos). Nesta celebração, segundo a tradição, a igreja permanece às escuras, iluminada apenas por velas, e diante do altar é colocado um candelabro de quinze velas, que vão sendo apagadas após os salmos.

As velas simbolizam o abandono experimentado por Jesus durante a Paixão: dez velas recordam os Apóstolos, que fugiram diante da Paixão; quatro velas recordam o apóstolo João e as mulheres junto à cruz que, embora tenham permanecido fiéis, também experimentam a escuridão da morte do Senhor; e a última vela recorda o próprio Cristo.

Esta vela, a de Cristo, não é apagada ao final da celebração, mas conduzida para a parte de trás do altar ou para a sacristia, simbolizando o mistério do sepultamento de Cristo e sua alma que desce à “mansão dos mortos” (Hades ou Sheol). Enquanto a vela é transladada podem-se soar as matracas, recordando o terremoto que acompanhou a morte do Senhor.

O Ofício foi presidido pelo Pe. Ueliton Neves da Silva, pároco. O sacerdote presidiu o Ofício com a veste coral (batina com sobrepeliz) com estola na cor roxa.

Conservemos este piedoso costume em nossas comunidades, a fim de que possamos entrar plenamente no mistério dos dias santos em honra do Senhor Crucificado, Sepultado e Ressuscitado. Que, atravessando com Cristo o “mar da morte, possamos receber a luz da Ressurreição, que dissipa as trevas do nosso coração”.

Texto e fotos: Pascom Paroquial